terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Brazil in the Top 20 Countries in Scientific Research - ScienceWatch.com - Thomson Reuters

According to a new update from Essential Science IndicatorsSM, a publication of Thomson Reuters, the ScienceWatch.com blog Webmaster Spyder Schafer presents the 10th annual "Top 20" listings of countries which achieved particular distinction based on their papers published in indexed journals from January 2001 through August 31, 2011. Out of the 147 countries in the Essential Science Indicators database, 60 published at least 10,000 papers during the period. Countries are listed by three separate measures in the tables below: number of citations, total papers, and cites per paper. (Note: For articles with multiple authors representing different countries, each listed country receives full, not fractional, citation credit for the given paper.)
Brazil has been cited for the first time in this listing in 2010, in the 15th rank, with 190,801 published papers and an average citation per paper of 6.28 (http://bit.ly/ezIKY2). In the new 2011 listing, Brazil has mantained its rank and has risen its published papers to more than 210,000 and the citation average to 6.41 per paper. With this result, Brazil has got a significant place in the world scientific community, along with other countries of the emergent BRIC group.

Listed by Papers

Rank Country Papers Citations Cites per paper
1 USA 3,049,662 48,862,100 16.02
2 PEOPLES R CHINA 836,255 5,191,358 6.21
3 GERMANY 784,316 10,518,133 13.41
4 JAPAN 771,548 8,084,145 10.48
5 ENGLAND 697,763 10,508,202 15.06
6 FRANCE 557,322 7,007,693 12.57
7 CANADA 451,588 6,019,195 13.33
8 ITALY 429,301 5,151,675 12.00
9 SPAIN 339,164 3,588,655 10.58
10 AUSTRALIA 304,160 3,681,695 12.10
11 INDIA 293,049 1,727,973 5.90
12 SOUTH KOREA 282,328 2,024,609 7.17
13 RUSSIA 265,721 1,282,281 4.83
14 NETHERLANDS 252,242 3,974,719 15.76
15 BRAZIL 212,243 1,360,097 6.41
16 SWITZERLAND 181,636 3,070,458 16.9
17 SWEDEN 179,126 2,686,304 15.00
18 TAIWAN 177,929 1,273,682 7.16
19 TURKEY 155,276 819,071 5.27
20 POLAND 154,016 1,036,062 6.73
Source: Essential Science IndicatorsSM from Thomson Reuters, time period: 2001-August 31, 2011 (fourth bimonthly period of 2011).


Top 20 Countries in ALL FIELDS, 2001-August 31, 2011 - ScienceWatch.com - Thomson Reuters
http://bit.ly/t4Q5DN

sábado, 3 de dezembro de 2011

Fraude na ciência 3 - o caso do Americano que Errou

Um dos principais defensores da hipótese de que a moralidade é inata, tendo evoluído naturalmente nos ancestrais do homem, está sendo acusado de... fraude.
Marc Hauser, biólogo da Universidade Harvard, teria falsificado dados de experimentos, afirmam antigos subordinados do pesquisador.
Procurados pela Folha, tanto Hauser quanto a universidade se recusaram a falar. Em declaração oficial, Harvard só diz que o professor está sendo investigado e que "o registro científico de seu trabalho será corrigido".
Os detalhes da suposta fraude têm aparecido aos poucos, desde a semana passada*. Mas o que talvez seja a peça decisiva do quebra-cabeças veio à tona anteontem [19/08/2010], em reportagem do jornal "Chronicle of Higher Education", dos Estados Unidos.
Um ex-assistente de pesquisa de Hauser forneceu documentos e e-mails comprometedores ao jornal, sob a condição de ficar anônimo. As mensagens mostram um Hauser irritado com as dúvidas de seus colaboradores.
MACACOS FALANTES
Segundo o ex-assistente de pesquisa, o problema principal envolvia experimentos sobre linguagem com macacos resos (veja quadro abaixo). Neles, Hauser e companhia queriam verificar se os bichos captavam certos padrões de som, parecidos com as sílabas da fala.
Um estudo assim, aliás, havia sido relatado nesta Folha em 2004. Ocorre, porém, que o então assistente teria notado algo estranho. Enquanto as observações feitas pelo professor mostravam os primatas captando alguns dos padrões de sílabas, as assinadas por outro assistente, vendo o mesmo vídeo, diziam que nada acontecia.
Junto com um aluno de pós-graduação, o assistente teria sugerido pedir a ajuda de um terceiro observador para tirar a teima. Hauser reagiu: "Estou ficando meio p. aqui", teria escrito num e-mail. "Não houve inconsistências [nos dados]!"
A troca de e-mails e outras conversas parecidas teriam levado subordinados a denunciar Hauser à direção de Harvard, deflagrando uma investigação que começou em 2007 e continua até hoje.
 

Crédito da imagem: Editoria de Arte/Folhapress
FLEXIBILIDADE MORAL Como o biólogo Marc Hauser teria cometido distorção de dados
Cientista teria feito uma interpretação forçada de estudo com primata; biólogo e universidade não comentam o caso

REFERÊNCIA
Os cientistas que estudam primatas se dizem preocupados. "Os trabalhos dele são referência para muitos outros, estavam entre os mais citados na área", diz Maria Emilia Yamamoto, psicóloga da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Os resultados de Hauser realmente nunca tinham sido replicados por outros cientistas, mas, para a pesquisadora, isso nunca foi encarado como um indicador de possível desonestidade.
"Não é incomum não se conseguir reproduzir os resultados, isso não era preocupante. A condição dos animais em diferentes lugares pode variar, por exemplo."
Segundo ela, os trabalhos eram "cuidadosos, muito bem escritos. Se os dados que ele utilizava como base não eram confiáveis, quem poderia saber? Em princípio, você acredita no cientista."
Eduardo Ottoni, etólogo (especialista em comportamento animal) da USP, prefere ser cauteloso sobre as denúncias. "Tem um elemento de "Schadenfreude" [alegria com a desgraça dos outros] nessa história, principalmente porque se trata de um cara VIP", afirma ele.
Ottoni lembra, porém, que alguns pesquisadores da área já diziam que Hauser era descuidado em seus experimentos, "embora excelente do ponto de vista teórico".
Uma possível falha seria o fato de que os responsáveis por anotar as reações dos macacos já sabiam de antemão qual eram os estímulos, o que poderia gerar vieses. "Pode haver um efeito VIP aí. Se fosse pesquisa minha, o revisor do artigo ia me debulhar. Mas, como era o Hauser, ele pode ter sido mais complacente", diz Ottoni.

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR INTERINO DE CIÊNCIA
RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO


*Publicado na Folha Online, em agosto de 2010

INFORMAÇÕES OFICIAIS (Wikipedia):
Em 20 de agosto de 2010, o decano da faculdade das artes e das ciências de Harvard divulgou um comunicado confirmando que uma investigação interna tinha concluído que Hauser fora culpado de oito acusações de má conduta científica. Três acusações envolviam artigos publicados, e cinco envolviam estudos não publicados. A declaração revelou que Harvard está cooperando com as investigações pelo Escritório de Integridade da Pesquisa dos EUA, o Gabinete do Inspetor-Geral da National Science Foundation  e da Procuradoria do Distrito de Massachusetts. Eles vão realizar a sua própria análise e levar suas conclusões ao conhecimento do público.

Um artigo de 2002 publicado na revista científica Cognition foi recolhido ("retracted"). Neste artigo, Hauser e seus colaboradores concluíram que os saguis-de-cabeça-branca poderiam aprender
padrões simples semelhantes à regras. Em dois artigos publicados adicionais, algumas notas de campo ou gravações de vídeo foram "incompletos", apesar de Hauser e seu co-autor terem replicado os experimentos. O Proceedings of the Royal Society publicou a replicação dos dados em falta em um adendo para um dos papéis. Em abril de 2011, Hauser e Justin Wood (co-autor do artigo original) replicaram os resultados do estudo da Science de 2007 e publicaram na revista.
O FIM?
Em julho de 2011, após o Departamento de Psicologia ter votado por impedir Hauser de ensinar no próximo ano letivo, Hauser renunciou à sua posição do corpo docente da Harvard. Em sua renúncia, Hauser afirmou que ele teve "algumas oportunidades interessantes no setor privado", envolvendo a educação para adolescentes de alto risco, mas que ele poderia voltar para a academia "nos anos vindouros". Hauser confirmou que cometeu "alguns erros", mas negou má conduta científica. A conduta da Universidade de Harvard, que manteve a investigação sobre Hauser e seus resultados sob sigilo, foi amplamente criticada.

Fraude na ciência 2 - o caso do Brasileiro Inconfesso

Uma investigação internacional apontou fraude em 11 artigos científicos de um respeitado professor titular de química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Tudo indica que se trata da denúncia mais séria de má conduta científica da história da ciência brasileira, apesar da escassez de levantamentos sobre o tema. Em geral, os casos envolvem plágio, e não invenção de resultados.
Os trabalhos que conteriam fraude saíram em várias revistas científicas da Elsevier, multinacional que é a maior editora de periódicos acadêmicos do mundo.
Os estudos da Unicamp foram retratados (ou seja, “despublicados”, não tendo mais validade para a comunidade científica). A Elsevier afirmou que os sinais de manipulação são “conclusivos”.
Claudio Airoldi, de 68 anos, é um dos pesquisadores mais experientes da Unicamp: está na universidade paulista desde 1968.

NO TOPO
Na classificação do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal órgão federal a financiar ciência no país), ele é bolsista de produtividade nível 1A, o mais elevado, e membro da Academia Brasileira de Ciências. É o associado nº 17 da Sociedade Brasileira de Química.
Airoldi teria falsificado imagens de ressonância magnética que servem para estudar características de novas moléculas. Um dos artigos dizia que uma delas, por exemplo, tinha uma estrutura que serviria para absorver metais tóxicos da água.
Os trabalhos foram publicados entre 2008 e 2010 em colaboração com um aluno de pós-graduação, Denis Guerra, hoje professor adjunto na Universidade Federal de Mato Grosso.
A Elsevier diz que o procedimento de investigação envolveu três cientistas revisores independentes, e que todos eles concluíram que “estava claro que os resultados tinham sido manipulados”. A editora diz ter pedido e recebido uma defesa dos cientistas brasileiros, mas, segundo ela, o material enviado não prova nada.
“Estava previsto que algo assim ia acontecer. Ia ser muito difícil segurar isso porque a pressão para publicar é muito grande e existe leniência em relação a esse comportamento”, diz Sílvio Salinas, físico da USP que segue de perto os casos de má conduta científica no país.
De fato, diferentemente dos Estados Unidos, que contam com uma agência federal para investigar casos assim, o Brasil deixa o acompanhamento dos casos e possíveis punições nas mãos das instituições onde ocorrem.
Não existem estatísticas consolidadas sobre o tema por aqui. Mas, num clima de competição científica acirrada e globalizada, com pesquisadores cada vez mais pressionados para mostrar sua produção em números, mais casos são esperados.
Nos próprios EUA, em 16 anos as fraudes científicas cresceram 161%. Em países como China e Brasil, onde a publicação bruta de artigos científicos tem crescido muito sem que a qualidade acompanhe esse ritmo, o fenômeno deve aparecer mais.
“As universidades e as agências de fomento precisam tomar providências quanto a isso. Nunca tinha tido conhecimento sobre algo dessa dimensão no Brasil. A ordem de grandeza é similar a casos de fraude que ocorrem na China”, diz Salinas.
A Unicamp instaurou uma sindicância interna para apurar o caso. Segundo a universidade, ela deve ser concluída em 30 dias.

OUTRO LADO
Procurado pela Folha, Airoldi desligou o telefone assim que a reportagem se apresentou, dizendo não ter tempo para falar. Ele foi contatado também por e-mail, mas não respondeu até o fechamento desta edição.
Guerra disse já ter entrado em contato com a Elsevier. “Mandamos toda uma defesa dos trabalhos, apresentando provas de que as imagens são verdadeiras, mas não recebemos nenhuma posição.”
Ele diz que a retratação da Elsevier “incomoda seriamente”. “Pode acontecer de você nunca mais conseguir publicar um trabalho. Um editor vê uma coisa dessas e vai pensar o quê? Somos do Terceiro Mundo, a verdade é essa, sem dúvida nenhuma contra pesquisadores do Primeiro Mundo a crítica teria uma peso menor.”

(Folha Online via Diálogos Políticos)

Fraude na ciência 1 - o caso do Holandês Simulador

Acadêmicos da Holanda mostraram surpresa no mês de novembro ao constatar que um de seus mais prestigiados psicólogos sociais, Diederik Stapel, inventava grande parte dos dados que eram divulgados em seus artigos, que, inclusive, chegaram a ser publicados pela revista “Science”.
Embora a suspeita da fraude já tenha sido confirmada em setembro, quando o psicólogo foi impedido de exercer suas funções como decano da Faculdade de Ciências Sociais e do Comportamento da Universidade de Tilburg (sul da Holanda), nesta semana ficou claro que o mesmo utilizava esse tipo de artifício há pelo menos oito anos.
Durante esse tempo, o psicólogo teria falsificado dezenas de publicações e pesquisas que contavam com sua supervisão. As fraudes também estão sendo analisadas por uma comissão específica sob supervisão do psicólogo lingüístico Willem Levelt.
Essa comissão procura saber, entre outras coisas, se a tese do psicólogo, com doutorado pela Universidade de Amsterdã, também apresenta dados falsos, fabricados e modificados para confirmar suas próprias hipóteses.
Seguindo as recomendações da comissão, as universidades de Groningen (ao norte do país) e Tilburg, onde o psicólogo trabalhou desde 2006, denunciaram o mesmo por fraude e falsificação de documentos no Ministério Fiscal holandês.
Um dos mais midiáticos e prestigiados da Holanda, o psicólogo social reconheceu sua fraude através de um comunicado, no qual especificava toda sua vergonha pelo ato.
“Não controlei essa pressão em publicar e sempre queria mais e mais rápido”, explicou o autor da fraude, confirmando que sua atitude não foi motivada por seu próprio interesse. Stapel também assegurou que a justiça deve se aprofundar nas razões que o motivaram a atuar dessa forma.
Alguns dos estudos mais famosos de Stapel, simpatizante de organizações contra a criação em massa de animais para o consumo, concluíram, por exemplo, que as pessoas que comem carne são mais agressivas que as vegetarianas. Após a descoberta da fraude, a objetividade destas publicações também foi colocada em dúvida.
Esse estranho caso foi divulgado depois que alguns estudantes de doutorado de Stapel repararam que o professor nunca os deixavam participar das pesquisas de dados.
O professor de psicologia afirmava para seus alunos que contava com muitos contatos em escolas que distribuíam questionários para iniciar uma pesquisa, mas, na realidade, os dados eram inventados pelo próprio acadêmico.
Segundo a comissão de investigação, o psicólogo começou a falsificar esses dados em 2000, quando trabalhava na Universidade de Groningen.
Segundo o jornal “De Volkskrant”, quando os estudantes pressionavam o professor para acompanhar suas pesquisas, Stapel abusava de sua posição de poder, colocando em dúvida a proposta de investigação de seu aluno.

(Ultimo Segundo via Diálogos Políticos)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Media Education - from AAP

Media Education:

The American Academy of Pediatrics recognizes that exposure to mass media (eg, television, movies, video and computer games, the Internet, music lyrics and videos, newspapers, magazines, books, advertising) presents health risks for children and adolescents but can provide benefits as well. Media education has the potential to reduce the harmful effects of media and accentuate the positive effects. By understanding and supporting media education, pediatricians can play an important role in reducing harmful effects of media on children and adolescents. Via American Academy of Pediatrics.

See full text: http://bit.ly/sjV8K2

New UK clinical trial for relapsed neuroblastoma planned - via NB Globe - Neuroblastoma News

New UK clinical trial for relapsed neuroblastoma planned: LONDON — November 7, 2011 — A new clinical trial testing 177Lutetium-DOTATATE (LuDO) for relapsed neuroblastoma is due to start in the UK next year. The UK is the first country to plan a clinical trial for this new molecular radiotherapy treatment for treating relapsed high-risk neuroblastoma, although it is already used to treat rare adult neuro-endocrine … Continue reading → via NB Globe - Neuroblastoma News

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Programa do II Encontro Interdisciplinar de Assistência ao Paciente Oncológico

O II Encontro Interdisciplinar de Assistência ao paciente Oncológico será realizado na Escola de Saúde Pública do Ceará (Av. Antonio Justa, 3161 - Meireles, Fortaleza-CE - Cep 60165-090 Fone: (85) 3101.1398 - Fax (85) 3101.1423) sob organização do Centro de Estudos Dr. Geraldo Barros de Oliveira, do Centro Regional Integrado de Oncologia - CRIO. Maiores informações, entrar em contato no endereço www.crio.com.br


sábado, 19 de novembro de 2011

What's new for 'fibromyalgia' in PubMed

This message contains My NCBI what's new results from the National Center for Biotechnology
Sender's message: Search: fibromyalgia
Sent on Saturday, 2011 Nov 19
Search fibromyalgia

PubMed Results

1.Relationship between body mass index, fat mass and lean mass with SF-36 quality of life scores in a group of fibromyalgia patients.

Arranz L, Canela MA, Rafecas M.

Rheumatol Int. 2011 Nov 18. [Epub ahead of print]

PMID: 22095395 [PubMed - as supplied by publisher]


2.Serum iron and iron stores in non-anemic patients with fibromyalgia.

Mader R, Koton Y, Buskila D, Herer P, Elias M.

Clin Rheumatol. 2011 Nov 19. [Epub ahead of print]

PMID: 22095117 [PubMed - as supplied by publisher]


3.Future perspectives in generalised musculoskeletal pain syndromes.

Russell IJ.

Best Pract Res Clin Rheumatol. 2011 Apr;25(2):321-31.

PMID: 22094205 [PubMed - in process]


4.Non-pharmacological treatment of chronic widespread musculoskeletal pain.

Hassett AL, Williams DA.

Best Pract Res Clin Rheumatol. 2011 Apr;25(2):299-309.

PMID: 22094203 [PubMed - in process]


5.Neuroimaging of fibromyalgia.

Gracely RH, Ambrose KR.

Best Pract Res Clin Rheumatol. 2011 Apr;25(2):271-84.

PMID: 22094201 [PubMed - in process]


6.Fatigue and fibromyalgia syndrome: Clinical and neurophysiologic pattern.

Casale R, Rainoldi A.

Best Pract Res Clin Rheumatol. 2011 Apr;25(2):241-7.

PMID: 22094199 [PubMed - in process]


7.Fibromyalgia and sleep.

Spaeth M, Rizzi M, Sarzi-Puttini P.

Best Pract Res Clin Rheumatol. 2011 Apr;25(2):227-39.

PMID: 22094198 [PubMed - in process]


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aparelho consegue medir níveis de glicose em lágrima


Um estudo da Universidade de Michigan, nos EUA, deu um passo importante para livrar diabéticos do ritual incômodo de picar o dedo várias vezes por dia para medir os níveis de glicose no sangue. A alternativa: lágrimas.
Ocorre que, segundo a equipe liderada por Mark Meyerhoff, o fluido das lágrimas -que não aparece apenas quando as pessoas choram, mas está presente com frequência como lubrificante dos olhos- também reflete o conteúdo de glicose do organismo, podendo ser examinado de forma confiável.
Em artigo na revista científica "Analytical Chemistry", Meyerhoff e companhia descrevem a criação de um sistema relativamente simples, envolvendo componentes comuns na indústria eletrônica, para medir os níveis de glicose nas lágrimas.
Os testes foram feitos com coelhos, revelando que o sensor dos pesquisadores é capaz de detectar os níveis da molécula de açúcar em amostras de apenas 5 microlitros de fluido lacrimal.
É um volume, de fato, muito pequeno, pouco mais de um milionésimo do encontrado numa garrafa d´água de 1 litro, por exemplo.

SENSIBILIDADE
Esse era justamente um dos problemas para colocar em prática a medição alternativa de glicose: como aumentar a sensibilidade.
Fala-se em substituir sangue por lágrimas desde os anos 1950. A questão é que, quando os cientistas foram comparar o metabolismo do sangue com o das lágrimas, viram que a presença de glicose nessas últimas era muito menor -entre 1/30 e 1/50 da quantidade encontrada na corrente sanguínea.
Também não estava claro se a correlação entre açúcar no sangue e no fluido lacrimal era confiável. Se as flutuações fossem grandes demais, com níveis altos nas lágrimas não necessariamente associados a níveis elevados no sangue, um teste desse tipo seria inútil.
Os pesquisadores de Michigan levaram em conta todas essas dúvidas no teste com 12 coelhos -todos devidamente anestesiados e imobilizados, porque era preciso comparar os exames de sangue com os de lágrimas.
As amostras lacrimais eram recolhidas num tubinho de apenas 0,84 milímetro de diâmetro. O sensor desenvolvido pelos cientistas é mergulhado dentro do fluido.
Para detectar com precisão a quantidade de glicose na amostra, o sensor usa uma enzima (proteína que acelera reações químicas) que degrada o açúcar. A sobra da reação gera um sinal elétrico cuja intensidade diz quanta glicose está presente ali.
Graças a outros componentes do sensor que o ajudam a "ignorar" a presença de outras moléculas das lágrimas, que poderiam ser confundidas com a glicose, o sistema tem bom grau de precisão.
Os dados obtidos com os coelhos também mostraram que há uma correlação forte entre níveis de glicose no sangue e nas lágrimas.
O que acontece é que a correlação muda um pouco de indivíduo para indivíduo. Por isso, talvez seja necessária uma calibragem fazendo um exame inicial de sangue antes de partir para testes com o fluido das lágrimas.
A equipe, agora, pretende melhorar ainda mais a sensibilidade do teste para poder empregá-lo em pessoas.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP, via Consulfarma

Anvisa proíbe alimentos e bebidas à base de aloe vera

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, fabricação e importação de alimentos e bebidas à base de aloe vera. De acordo com o órgão, não há comprovação da segurança do uso do componente e nem registro para esse fim. A restrição foi publicada nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União.

A aloe vera é uma planta conhecida popularmente como babosa. É usada principalmente em produtos para o cabelo, mas recentemente também era encontrada em bebidas e alimentos, inclusive com função de emagrecimento. Por se encaixar na categoria de "novos alimentos", a planta precisa se submeter ao registro da Anvisa para poder ser comercializada com esse fim.

De acordo com a resolução, o uso da aloe vera é regulamentado apenas como aditivo na função de aromatizantes de alimentos e bebidas, o que continua sendo permitido. As informações são da Agência Brasil.

Na foto, anúncio de bebibas à base de aloe vera, vendidas no Havaí.

Fonte: ZERO HORA – RS, via Consulfarma

Desenvolvimento pioneiro de nova droga bloqueadora da AKT

A ArQule e a Daiichi Sankyo anunciaram esta quinta-feira a assinatura de um contrato de licença para o desenvolvimento de um novo inibidor da AKT chamado ARQ 092, o primeiro composto a surgir a partir do acordo que as empresas assinaram em Novembro de 2008 “para colaborar na investigação utilizando o AKIP ™ (ArQule Kinase Inhibitor Platform) para gerar novos, seletivos e potentes inibidores da quinase), diz comunicado de imprensa, enviado ao POP.

Sob os termos do acordo de licença, a Daiichi Sankyo vai obter os direitos exclusivos para desenvolvimento, produção e comercialização do ARQ 092 numa base mundial.

O ARQ 092 será estudado em doentes com câncer para identificar a sua utilidade no direccionamento da via de sinalização AKT, que desempenha um papel na regulação do crescimento celular, sobrevivência, migração e angiogênese, uma vez que é frequentemente desregulado nas doenças malignas. As inscrições de doentes no estudo clínico de fase 1 com ARQ 092 estão programadas para abrir nos próximos meses.

"Este candidato clínico é o resultado da colaboração científica estreita entre as duas empresas nos últimos dois anos e meio”, disse Thomas C.K. Chan, director científico da ArQule.

A figura mostra vias de sinalização molecular envolvidas no fenômeno da apoptose (morte celular programada), entre elas, a via da proteína quinase AKT.

Fonte: RCMPHARMA via Consulfarma

O Fim das Células-Tronco Embrionárias?

O teste clínico mais aguardado das últimas décadas está terminando de forma inglória. A empresa americana Geron, primeira a empregar células-tronco embrionárias em humanos, avisou que não vai mais trabalhar nessa área.
A Geron recebeu permissão do governo americano para injetar as células na medula espinhal de cerca de dez pessoas com lesões recentes na área, que as deixaram paralisadas -problema comum em acidentes de carro ou ferimentos a bala.
A grande esperança envolvendo as células-tronco embrionárias, capazes de se transformar em qualquer tecido do organismo, é a de reconstruir órgãos danificados.
Mais especificamente, os acidentados que participam do teste da Geron receberam oligodendrócitos. Essas células do sistema nervoso montam a "fiação" dos neurônios, que acaba sendo cortada durante esse tipo de lesão.
A empresa americana afirmou que vai monitorar os quatro pacientes que já receberam a infusão de células-tronco, e que vai concluir os transplantes já projetados, mas que não testará a abordagem em mais pacientes. Além disso, vai abandonar totalmente o ramo das células-tronco embrionárias.
Em entrevista ao "New York Times", o executivo-chefe da Geron, John Scarlett, disse que "continua acreditando profundamente" na promessa das células-tronco, mas que a atual crise econômica força a empresa a se dedicar a áreas com retorno mais imediato, como drogas contra o câncer.
Por outro lado, o fato é que, embora os pacientes não tenham sofrido efeitos colaterais no teste, também não tiveram melhoras.
Com isso, só há um único outro grupo testando células de embrião no planeta: os também americanos da ACT (Advanced Cell Technology).
Liderados por Robert Lanza, eles estão empregando as infusões celulares contra dois tipos comuns de doença degenerativa da visão.
Existem ainda muitos testes com células-tronco adultas, menos versáteis, inclusive no Brasil. (RJL)

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP, via Consulfarma

sábado, 12 de novembro de 2011

What's new for 'cancer' in PubMed

This message contains My NCBI what's new results from the National Center for Biotechnology Sender's message:
Sent on Saturday, 2011 Nov 12
Search cancer

PubMed Results
1.Prolonged survival with valproic acid use in the EORTC/NCIC temozolomide trial for glioblastoma.

Weller M, Gorlia T, Cairncross JG, van den Bent MJ, Mason W, Belanger K, Brandes AA, Bogdahn U, Macdonald DR, Forsyth P, Rossetti AO, Lacombe D, Mirimanoff RO, Vecht CJ, Stupp R.

Neurology. 2011 Sep 20;77(12):1156-64. Epub 2011 Aug 31.

PMID: 21880994 [PubMed - indexed for MEDLINE]

Related citations

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Riscos do uso de corticóide em recém-nascidos pré-termo


O número de crianças prematuras que nascem cada vez mais cedo e sobrevivem cada vez mais cresce dia a dia no mundo todo. Mesmo entre nós, no Brasil e, em particular, no estado do Ceará onde este comentarista reside, torna-se flagrante o impacto da tecnologia na sobrevivência  dos neonatos prematuros. No entanto, um número significante de crianças adquire problemas e sequelas, entre elas alterações neurológicas e cognitivas. Modelos animais têm demonstrado que a exposição perinatal a glicocorticóides associa-se com redução do volume cerebelar. A fim de testar a possível associação entre a exposição de crianças prematuras a estas drogas e complicações neurológicas, um grupo da University of British Columbia e University of California, em São Francisco, fizeram uma análise retrospectiva num grupo de crianças que nasceram prematuras. Seus resultados mostram que a exposição antenatal à betametasona não se correlaciona com sequelas. Porém, o uso pós-natal de dexametasona e hidrocortisona afetaram adversamente o desenvolvimento cerebelar das crianças estudadas. Estes resultados corroboram evidências anteriores e demonstram que o uso de glicocorticóides em lactentes jovens pré-termo deve ser feito com extrema parcimônia, pois seu uso regular pode induzir sequelas neurológicas irreversíveis. O estudo não pode ser extrapolado para recém-nascidos termo, mas pode-se questionar se o efeito biológico de corticóides no desenvolvimento neural restringe-se a crianças prematuras ou seu uso pode também afetar os outros lactentes jovens. O mecanismo molecular da ação neurológica dos glicocorticóides parece envolver a inibição da sinalização dependente de shh-smo (via de sinalização sonic hedgehog e smoothened) nas células granulares do cerebelo. Sendo assim, pode-se supor que todos os lactentes jovens podem estar sob risco ao se expor a glicocorticóides.

Leia em Science Translational Medicine: http://bit.ly/pS30xr

Inmigración y cefaleas - via Revista de Neurología

La población inmigrante (PI) es cada vez más común en la práctica clínica habitual, y constituye un nuevo modelo poblacional, con quejas y problemas altamente relacionados con la precariedad de su situación laboral y social. Representan el 13,6% de las primeras visitas de cefalea, y aunque sus diagnósticos son similares a los de la población autóctona, existen diferencias en la frecuencia de algunos diagnósticos, en la presencia de cefalea crónica y en la indicación de medicación preventiva y tratamiento agudo específico.

La relación temporal de la cefalea con la inmigración aparece en la mayoría de los pacientes a partir del tercer año tras la inmigración; por tanto, no existe una relación temporal con el hecho de la inmigración, en contra de su posible papel desencadenante como evento estresante que representa. El 11,9% de los pacientes con historia previa de cefalea refirió un empeoramiento en cuanto a la frecuencia o intensidad de la cefalea, lo que motivó la visita a la consultas externas de neurología. El tratamiento sintomático y preventivo difiere significativamente entre el período anterior a la inmigración y el posterior.

[Rev Neurol 2011] - http://bit.ly/te4O9e
Vidal-Jordana A, Barroeta-Espar I, Sáinz-Pelayo MP, Sala I y Roig C

Inmigración y cefaleas - Revista de Neurología

domingo, 23 de outubro de 2011

Efecto antidepresivo de la cafeína - via Revista de Neurología

Las mujeres que toman más de cuatro tazas de café al día parecen tener un riesgo menor de sufrir una depresión que aquéllas que no toman café o solo beben una taza al día. Estos resultados aparecen publicados en la revista Archives of Internal Medicine.
Los investigadores siguieron a casi 51.000 mujeres con una edad promedio de 63 años, ninguna de las cuales tenía depresión ni tomaba antidepresivos al inicio del estudio.

Las mujeres que bebían cuatro o más tazas de café al día mostraban una reducción del 20% en el riesgo de depresión, las que bebían de dos a tres tazas de café al día tenían una reducción del 15% frente las que bebían una taza o menos. El uso de café descafeinado no se asociaba con la depresión. La cafeína afecta la liberación de varios neurotransmisores, entre ellos dopamina y serotonina, que se han implicado en la regulación del estado de ánimo y en la depresión.

[Arch Intern Med 2011] - http://bit.ly/plIxhB
Lucas M, Mirzaei F, Pan A, Okereke OI, Willett WC, O’Reilly É, et al.
Efecto antidepresivo de la cafeína - Revista de Neurología

Five-year single-center study of asparaginase therapy within the ALL-BFM 2000 trial - Schrey - 2011 - Pediatric Blood & Cancer - Wiley Online Library

Recently published in Pediatric Blood and Cancer:

The german ALL-BFM2000 trial reported on the relation between asparaginase activity monitoring in children during the treatment for acute leukemia.
Asparaginase (ASNase) has been a core element in the treatment of acute lymphoblastic leukemia (ALL) in children and adults over the last decades. It reduces the exogenous supply of asparagine (ASN) by catalyzing the hydrolysis of ASN, a non-essential amino acid, to aspartic acid and ammonia. Relative deficiencies of endogenous ASN synthesis lead to apoptosis and impaired protein synthesis in the leukaemic blast. The two critical issues about ASNase for cancer treatment are toxicity and insufficient activity. Toxicity is mostly due to the inhibition of protein synthesis and includes hypoalbuminemia, liver enzyme elevation, pancreatitis, hyperglycemia, thrombosis and hemorrhage. Especially during the induction phase, when the drug is co-administered with steroids, ASNase related toxicity can necessitate the withdrawal of ASNase from treatment. An aggravating factor consists in the fact that steroid induced toxicity is in some cases comparably additive (i.e., thromboembolic events, hyperglycemia) to ASNase side effects. Another major limiting factor of ASNase treatment consists in hypersensitivity reactions. The probability of allergic reactions increases with the number of administrations. It is known that up to 30% of patients develop an allergic reaction to first-line E. coli ASNase.
The Berlin-Frankfurt-Muenster (BFM) protocol for the treatment of childhood leukemia employed different combinations of multi-agent chemotherapy in risk-adapted regimes. The ALL-BFM 2000 trial protocol uses Escherichia coli derived asparaginase (E. coli ASNase produced by Kyowa Hakko; Asparaginase medac®) for first-line treatment in the induction phase; in case of insufficient activity or allergic reactions to E. coli ASNase, this is followed by re-intensification with a pegylated form of the E. coli ASNase (PEG ASNase, Oncaspar®). Third-line treatment, usually given for re-intensification and after an allergic reaction to and/or silent inactivation of E. coli preparations, employs Erwinia chrysanthemi asparaginase (Erwinase®). As all preparations are of bacterial origin, common side effects are hypersensitivity reactions by antibody formation or the phenomenon of silent inactivation, that is, insufficient asparaginase activity, without clinical signs of allergy.
An important prognostic milestone in ALL therapy is day of the end of induction therapy (day 33 on the BFM regimens) when the measurement of minimal residual disease (MRD) (negative or not negative) and the randomization according to three different risk categories (SR, MR, HR) take place. The report found no significant relationship between MRD marker positivity or different risk categories and differences in ASNase activity on day +3 after the administration of 5,000 U/m2E. coli ASNase, taken throughout the induction element. This indicates that, while sufficient ASNase treatment is in fact important, there is no apparent correlation between high ASNase trough levels and MRD.
With regard to the patients who relapsed, the report found that the number of patients with sufficient ASNase activity throughout the ASNase containing elements is comparable to the total group, especially concerning induction. This indicates that the occurrence of relapses cannot easily be attributed to inadequate ASNase therapy.
This important report from the BFM group trial highlights the importance of ASNase therapy in ALL, but shows that monitoring of enzymatic activity levels are not well correlated with biological response or relapse.

Read the article: http://bit.ly/qgr7C8

Five-year single-center study of asparaginase therapy within the ALL-BFM 2000 trial - Schrey - 2011 - Pediatric Blood & Cancer - Wiley Online Library

Treatment of Ewing sarcoma family of tumors with a modified P6 protocol in children and adolescents - Mora - 2011 - Pediatric Blood & Cancer - Wiley Online Library

Recently published in Pediatric Blood and Cancer:

Ewing sarcoma treatment is highly succesfull in non-metastatic patients, but the high-dose chemotherapy poses a significant risk of secondary leukemia. A group from Hospital Sant Joan de Déu, Barcelona, Spain has published a small phase II single-arm non-randomized study reporting good results with a less toxic, modified chemotherapy protocol. Their results were as good as standard chemotherapy that uses higher cummulative doses, and they had no secondary disease in their group, after a median follow-up of more than 4 years! Relapses were seen in patients that did not receive radiotherapy, and they were late (more than 2 years after end of treatment). This report may represent a major advance in the treatment of non-metastatic Ewing sarcoma and should yield larger studies to test the feasibility of this lower-exposure chemotherapy approach.

Read the article: http://bit.ly/o42Eha

Treatment of Ewing sarcoma family of tumors with a modified P6 protocol in children and adolescents - Mora - 2011 - Pediatric Blood & Cancer - Wiley Online Library

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Primeiros Resultados do Tratamento de Hemangiomas com Propranolol no Ceará

Hoje, na edição 2011 dos Encontros Universitários da Universidade Federal do Ceará, foi apresentado o poster "Tratamento com Propranolol em Crianças com Hemangioma", da aluna de graduação do Curso de Farmácia Juliana Costa Albuquerque, orientada pela professora Juvenia Bezerra Fontenele, da Farmácia da UFC. Este trabalho mostra resultados de uma avaliação retrospectiva coordenada por mim, dos resultados do tratamento de crianças portadoras de hemangioma com propranolol no Serviço de Onco-hematologia Pediátrica do Hospital Infantil Albert Sabin. Todos os pacientes foram tratados por mim e iniciaram a terapia com propranolol entre janeiro de 2009 e dezembro de 2010. Esta série retrospectiva de casos é a primeira do Ceará a demonstrar a efetividade deste tratamento inovador para hemangiomas infantis e constitui, até o momento, a maior série brasileira de crianças com hemangiomas tratadas com propranolol.
Os resultados mostram que o propranolol é altamente eficaz em lactentes (até 1 ano) portadores de hemangiomas infantis típicos. Em crianças maiores de 1 ano, também ocorreu resposta de grande número de pacientes, demonstrando que o propranolol não é eficaz apenas na fase proliferativa das lesões. Também mostramos um pequeno número de crianças com hemangiomas congênitos, sindrômicos ou outros, diferentes dos hemangiomas infantis típicos. Igualmente, obtivemos resposta nestes pacientes, porém em menor escala. O gráfico mostra número absoluto de pacientes. Como o tratamento de hemangiomas com propranolol até este ano era considerado não padronizado (off-label), iniciamos o tratamento em todos os casos somente após consentimento informado por escrito dos pais. Seguimos as indicações de tratamento usualmente aceitas, ou seja, tratamos apenas lesões complicadas ou com risco de complicações para o paciente. A aluna Juliana, que faz parte do programa de Iniciação Científica da UFC como voluntária (sem bolsa) colheu os dados e as alunas Jamille Félix e Rosane Aline Magalhães (bolsistas da UFC e FUNCAP) informatizaram os dados. O planejamento, coordenação e análise ficaram a meu encargo. Todas as alunas são orientadas pela professora Juvenia. Todos os autores revisaram e aprovaram a redação final do trabalho.
Link para o poster no google docs: http://bit.ly/qrdegO

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sarcoma granulocítico em medula espinhal e Sarcoma de Ewing em crânio de lactente - Posters Congresso Brasileiro de Pediatria 2011

Este ano, o Congresso Brasileiro de Pediatria foi em Salvador, Bahia, entre 8 e 12 de Outubro de 2011. Pediatras do país inteiro compareceram, batendo recorde de audiência num congresso da Sociedade Brasileira de Pediatria. Numa parceria com alunos da Liga do Câncer da Universidade Federal do Ceará, enviamos 2 relatos de casos raros em oncologia pediátrica, em forma de poster.

Poster 1: Sarcoma de Ewing de calota craniana em lactente : relato de caso

A Família de Tumores de Ewing (FTE) compreende neoplasias derivadas de células neuroectodérmicas primitivas. Nesta família estão incluídos: Sarcoma de Ewing (SE), Tumor Neuroectodérmico Primitivo Periférico (TNPP) e tumor de Askin, correspondendo cerca de 6 a 10% de todos os tumores ósseos malignos primários.

Descrição do caso: Lactente, NRH, natural de Fortaleza-CE, deu entrada aos 5 meses no serviço de onco-hematologia pediátrica para realização de biópsia de tumoração que havia surgido na região parietal há três meses. Após esse procedimento submeteu-se à tomografia computadorizada (TC), que revelou lesão expansiva de calota craniana com lise, esclerose e fragmentação óssea observada na região fronto-parietal mediana, medindo aproximadamente 3,0 x 2,0 cm. Com o resultado do histopatológico, diagnosticou-se quadro sugestivo de SE/TNPP. O LDH estava aumentado (627,5 U/L). A TC de tórax e a ultrassonografia abdominal, para fim de estadiamento, não mostraram alterações. Iniciou-se quimioterapia (QT) neo-adjuvante, Protocolo Brasileiro para pacientes de Alto Risco, por 5 meses. Após sua conclusão, foi realizada uma cirurgia para controle local da doença, e a histologia da peça retirada não evidenciou sinais de neoplasia. Paciente foi submetido a três ciclos de QT adjuvante e, devido à toxicidade causada, foi interrompida após cinco meses. À última consulta, criança encontra-se com 1 ano e 8 meses, não apresentando sinais da doença. No SE, a topografia mais freqüente é em ossos longos e da pelve. A média de idade dos pacientes acometidos é de 14 anos. Esses fatos não são observados neste paciente, mostrando a raridade e a relevância do relato deste caso. Além disso, o lactente possuía um fator prognóstico desfavorável, LDH elevado, que se correlaciona com um grande volume tumoral, contudo ele obteve uma ótima resposta ao tratamento.

Conclusão: O diagnóstico de SE deve ser lembrado entre os diagnósticos diferenciais raros de massas cranianas na infância. 

Link para este poster no google docs: http://bit.ly/nWdRlg

Poster 2: Sarcoma granulocítico intramedular

Sarcoma granulocítico (SG) é tumor sólido, constituído por células precursoras de granulócitos, localizado em sítio extra medular. É normalmente associado com leucemias e outras desordens mieloproliferativas, sendo considerado fator de mau prognóstico. Contudo, podem surgir sem manifestação alguma de doenças hematológicas.

Descrição do caso: Lactente, 11 meses de idade desenvolveu perda de escores neuropsicomotores e irritabilidade, evoluindo com paraplegia e paresia dos MMSS. RNM demonstrou tumor intramedular extenso, envolvendo desde C4 até T5, com hipersinal da dura-máter sugestivo de infiltração acima e abaixo destes pontos. Foi realizada laminectomia com ressecção parcial da tumoração, obtendo-se dignóstico de sarcoma granulocítico intramedular (SGI). A imunohistoquímica comprovou a linhagem com positividade das células tumorais para mieloperoxidase. A medula óssea da criança era normal, bem como os exames hematológicos. Apesar da instituição de quimioterapia intensiva segundo o protocolo BFM-83, a criança evoluiu rapidamente com insuficiência ventilatória aguda, dependência de VMI, disautonomia e finalmente PCR irreversível. SG envolvendo a medula espinhal como massa intradural é uma complicação incomum em leucemias agudas infantis e mais raro ainda como apresentação inicial aleucêmica. Existem apenas relatos de casos isolados na literatura (Eser et al, 2001; Deme et al, 1997; Kook et al, 1992, entre outros). E, sendo uma doença rara, com um pequeno número de casos descritos, é difícil descrever uma faixa etária de maior incidência, mas os casos relatados encontram-se em sua maioria em crianças maiores de 8 anos. O caso descreve uma doença aparentemente muito avançada, já atingindo grande parte da medula espinhal. Logo, não podemos classificar este caso como refratário ao tratamento, mas provavelmente não houve condição clínica ou tempo hábil para resposta efetiva.

Conclusão: O diagnóstico de SGI deve ser lembrado entre os diagnósticos diferenciais raros de massas intramedulares na infância. Apesar do prognóstico sombrio, tal patologia é responsiva a radioquimioterapia.  


Link para este poster no google docs: http://bit.ly/qqK2cU

Analgesic effect of venlafaxine and antiplatelet efect of pulegone - FESBE 2011 posters

The 2011 edition of the Annual Meeting of the Brazilian Federation of Experimental Biology Societies (FeSBE, Federação de Sociedades de Biologia Experimental) took place from August 24th through 27th, in Rio de Janeiro, Brazil. Scientists from all over the world attended this meeting. We sent two brief communications in poster form.

Poster 1: EVALUATION OF THE ANALGESIC EFFECT OF VENLAFAXINE, A SEROTININ AND NORADRENALINE REUPTAKE INHIBITOR.


The aim of this study was to test the analgesic effects of the antidepressant venlafaxine in several experimental models of nociception.

Methods and Results:

Acetic acid-induced writhing: Groups of six to twelve mice were administered i.p. 0.6% acetic acid (10 mL kg−1, i.p.), and the number of abdominal contractions was registered for 20 min, starting 30 min after the injection. Animals were pre-treated with venlafaxine (10, 20, 40 and 60 mg kg−1, i.p.), 30 min before acetic acid administration. DMSO 5% was used as vehicle (control group). With the exception of 10 mg kg−1, all other doses of venlafaxine (20, 40 and 60 mg kg−1, i.p) produced significant inhibition of writhing (p<0,05) (16.2±12.0, 11.6±8.0 and 3.7±2.0 respectively) when compared with control group (34.0±13.2). Hot-plate test: groups of nine mice were treated with venlafaxine (10, 20, 40 and 60 mg kg−1, i.p.), 5% DMSO (controls) or morphine (10 mg kg−1, i.p.) as standard. Measurements were performed before (time 0) and after 30, 60 and 90 min from drug administration; a cut-off time of 45 seconds was used to avoid paw lesions. Only 60 mg/Kg, i.p. of venlafaxine showed a significant effect on latency time to licking or jumping (24.06±4.99 s) when compared with control group (6.88±1.15 s) on time of 30 min. Morphine (10 mg kg−1, i.p. showed a significant effect (p<0.05) (39.5±4.13, 34.5±5.54, 29.4±5.08 s) when compared to control group (6.88±1.15, 6.58±1.88, 8.77±2.27 s) on times of 30, 60 and 90 min respectively. Rota-rod test: Groups of six mice were treated with venlafaxine (10, 20, 40 and 60 mg/kg, i.p.) and placed on the rota-rod 30 min after the injection. DMSO 5% was used as vehicle (control group). The number of falls was recorded by one minute and the length of stay in the bar. No difference between groups treated with venlafaxine and control group was observed in any period of time. Statistical analysis: All values were expressed as means±S.D.M. Data were analyzed using ANOVA followed by Tukey test (p<0.05 was considered significant).

Conclusions:

These results corroborate research that reported the inhibitory effect of venlafaxine on the signs of spontaneous pain and hindpaw mechanical and thermal hypersensitivity in animal models of tonic nociception and neuropathic pain. Studies continue in an attempt to elucidate the action mechanisms of these effects.



Link to this abstract: http://bit.ly/qrPHK7
Link to this poster in google docs: http://bit.ly/nJXtR5


Poster 2: EVALUATION OF ANTIPLATELET ACTIVITY OF MONOTERPENE PULEGONE


Objectives: To evaluate the antiplatelet activity of Pulegone in human PRP.

Methods and Results:

Platelet aggregation was measured according to the method of Born and Cross (J Physiol. 163; 178-195, 1963). Briefly, platelet aggregation was induced at 37ºC in the aggregometer, with stirring at 1000 rpm, by addition of ADP (4µM) as agonist. The resulting aggregation, measured as the change in light transmission, was recorded for 5 min and presented as percent aggregation related to control (100%). Pulegone oil (PUL) was emulsified with Tween 80 (660 µg mL−1, control) and concentrations of 110, 220, 440 and 660 µg mL−1 were used. PUL 220, 440 and 660 µg mL−1 reduced significantly (p<0.001) the platelet aggregation induced by ADP (4µM) in 39.8, 47.3 and 70.1% (60.2±27.5; 52.7±17.23 and 29.9±7.60% aggregation) respectively when compared to control group.
Statistical analysis: All values are expressed as mean ± SD. Differences between the sample-treated and control groups were submitted to analysis of variance (ANOVA) followed by Tukey-Newman-Keuls test for multiple comparisons (p< 0.05) was considered significant.

Conclusions:

Direct stimulation of platelets by ADP results in shape change, reversible aggregation at physiological concentrations of calcium, and finally, desensitization. Transduction of the ADP signal involves a transient rise in free cytoplasmic calcium, due to the mobilization of internal stores and secondary store-mediated influx, and a concomitant inhibition of adenylyl cyclase activity. It is possible that the antiplatelet effect of pulegone is due to blocking of a step of ADP-induced platelet stimulation. 



Link to this abstract:  http://bit.ly/pvZGwU
 Link to this poster in google docs: http://bit.ly/nfyk3w



 Link to FESBE 2011 program: http://bit.ly/ramXDw
 

sábado, 15 de outubro de 2011

What's new for 'childhood cancer' in PubMed

This message contains My NCBI what's new results from the National Center for Biotechnology
Sender's message:
Sent on Saturday, 2011 Oct 15
Search cancer
Limits:Randomized Controlled Trial, All Child: 0-18 years


PubMed Results

1.A randomized controlled trial of propranolol for infantile hemangiomas.

Hogeling M, Adams S, Wargon O.

Pediatrics. 2011 Aug;128(2):e259-66. Epub 2011 Jul 25.

PMID: 21788220 [PubMed - indexed for MEDLINE]

RCT demonstrated propranolol effect in hemangiomas of infancy. Now cleared as first choice?
2.Soluble interleukin-2 receptor α activation in a Children's Oncology Group randomized trial of interleukin-2 therapy for pediatric acute myeloid leukemia.

Lange BJ, Yang RK, Gan J, Hank JA, Sievers EL, Alonzo TA, Gerbing RB, Sondel PM.

Pediatr Blood Cancer. 2011 Sep;57(3):398-405. doi: 10.1002/pbc.22966. Epub 2011 Jun 16.

PMID: 21681921 [PubMed - indexed for MEDLINE]

Unfortunately, this large immunotherapy trial in pediatric AML did not show effect of IL-2 in disease free survival or overall survival.

What's new for 'fibromyalgia' in PubMed - valproate analgesic effect, obesity, and more!

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Sender's message: Search: fibromyalgia
Sent on Saturday, 2011 Oct 08
Search fibromyalgia

PubMed Results
1.Valproic acid and sodium valproate for neuropathic pain and fibromyalgia in adults.

Gill D, Derry S, Wiffen PJ, Moore RA.

Cochrane Database Syst Rev. 2011 Oct 5;10:CD009183.

PMID: 21975791 [PubMed - in process]

This large meta-analysis shows how little we know about the analgesic use of valproate, or valproic acid.
2.The association of body mass index with symptom severity and quality of life in patients with fibromyalgia.

Kim CH, Luedtke CA, Vincent A, Thompson JM, Oh TH.

Arthritis Care Res (Hoboken). 2011 Oct 3. doi: 10.1002/acr.20653. [Epub ahead of print]

PMID: 21972124 [PubMed - as supplied by publisher]

Does overweight and obesity have any relation with pain severity in fibromyalgia? Read this article and find out! (tip: yes, obesity has a relation with pain in these patients)
3.Clinical comorbidities, treatment patterns, and healthcare costs among patients with fibromyalgia newly prescribed pregabalin or duloxetine in usual care.

Gore M, Tai KS, Chandran A, Zlateva G, Leslie D.

J Med Econ. 2011 Oct 4. [Epub ahead of print]

PMID: 21970699 [PubMed - as supplied by publisher]

FDA-approved drugs for fibromyalgia did not diminish multiple drug using and high health care costs in usual care setings: are we right in indicating these drugs for fibro patients?

What's new for 'angiotensin AND cancer' in PubMed - coffee, statins, ACE inhibitors and more!

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Sender's message:
Sent on Saturday, 2011 Oct 08
Search angiotensin cancer

PubMed Results
Items 1 - 4

1.Acquired platinum resistance enhances tumour angiogenesis through angiotensin II type 1 receptor in bladder cancer.

Tanaka N, Miyajima A, Kosaka T, Miyazaki Y, Shirotake S, Shirakawa H, Kikuchi E, Oya M.

Br J Cancer. 2011 Oct 4. doi: 10.1038/bjc.2011.399. [Epub ahead of print]

PMID: 21970881 [PubMed - as supplied by publisher]

How angiotensin II type 1 receptor blockers can overcome platinum resistance in cancer cells.
2.Statin prescriptions and breast cancer recurrence risk: a danish nationwide prospective cohort study.

Ahern TP, Pedersen L, Tarp M, Cronin-Fenton DP, Garne JP, Silliman RA, Sørensen HT, Lash TL.

J Natl Cancer Inst. 2011 Oct 5;103(19):1461-8. Epub 2011 Aug 2.

PMID: 21813413 [PubMed - in process]

Simvastatin users had less breast cancer recurrence - a Harvard Medical School Study
3.Use of angiotensin-converting-enzyme inhibitors or angiotensin-receptor blockers and cancer risk: a meta-analysis of observational studies.

Yoon C, Yang HS, Jeon I, Chang Y, Park SM.

CMAJ. 2011 Oct 4;183(14):E1073-84. Epub 2011 Aug 29.

PMID: 21876027 [PubMed - in process] Free Article 

Last word on ACE inhibitors/AT1R blockers and cancer: they can be protective, after all!
4.High Molecular Weight Coffee Melanoidins are Inhibitors for Matrix Metalloproteases.

Demarco LM, Fischer S, Henle T.

J Agric Food Chem. 2011 Oct 1. [Epub ahead of print]

PMID: 21961901 [PubMed - as supplied by publisher]

Coffee, sir?  Melanoidins from coffee - a new group of MMP inhibitors that can play a pivotal role in cancer treatment.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tratamento de Tumores Cerebrais no Hospital Infantil Albert Sabin

Acaba de sair o trabalho do grupo de Oncologia Pediátrica e Neuro-oncologia clínica do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), publicado no Jornal de Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria. O trabalho é uma avaliação retrospectiva da sobrevida dos pacientes pediátricos portadores de tumores cerebrais diagnosticados entre janeiro de 2000 e dezembro de 2006 no HIAS. Os autores, coordenados pelo autor deste blog, coletaram dados dos prontuários dos pacientes, a partir de 2008. Em seguida, a sobrevida global foi calculada do diagnóstico até a data do óbito dos pacientes. Uma análise estatística foi realizada para identificar quais possíveis fatores afetaram a sobrevida do grupo de pacientes. Os resultados foram aceitos para publicação no Jornal de Pediatria da SBP e acabam de ser divulgados pela publicação antecipada nas página do periódico. A maioria dos pacientes tinha astrocitomas de baixo grau ou meduloblastomas. A topografia mais comum foi a fossa posterior. A sobrevida global em cinco anos dos pacientes com astrocitomas de baixo grau foi de 84%, enquanto para pacientes com meduloblastomas foi de 51%. Os fatores que mais afetaram a sobrevida foram a ressecção cirúrgica e radioterapia (ter ressecado todo o tumor e ter realizado radioterapia aumentaram a sobrevida) e o diagnóstico de astrocitoma de alto grau ou ependimoma (pacientes com estas doenças sobreviveram bem menos). Estes resultados podem ser comparados com os resultados de registros populacionais dos Estados Unidos e Europa.
O trabalho na íntegra pode ser acessado aqui: http://bit.ly/n9kZod

sábado, 1 de outubro de 2011

Valproate for cancer: the glioblastoma connection

The treatment of brain cancer has just received a brand new hope from an old brother in arms: the anti-epileptic drug valproate, used frequently for seizures in children, and less frequently for patients with brain tumor, has shown an unexpected activity against a lethal brain cancer. The study, published in Neurology by the EORTC group in association with National Cancer Institute of Canada, reports that patients with a diagnosis of glioblastoma and treated with radiotherapy, temozolomide (oral chemotherapy) and valproate (for seizures) lived longer. The results show that valproate-treated patients had an average 3-month survival advantage compared with patients that received standard chemo and radiotherapy. Although this study is retrospective and needs confirmation, this puts valproate on the center stage of neuro-oncology, as the accompanying Neurology editorial implies: "Valproic acid as the AED of choice for patients with glioblastoma?: The jury is out." Neuro-oncologists urge for caution, once valproate has enhanced toxicity in this study. However, if this important survival advantage is confirmed in the future, valproate (valproic acid) may become the third effective drug for glioblastoma (the others are temozolomide and bevacizumab).

Valproate, or valproic acid, is a drug used for seizure treatment since the sixties. It has been also used for pain conditions, such as migraine, because it has an analgesic effect still poorly understood. In the last 15 years, valproate has been shown to possess an unnoticed property: through inhibition of enzymes called hystone deacetylases (HDAC) it can modify the gene expression of normal and cancer cells. This effect has been explored in many experimental treatments for hematological and solid cancers. A number of clinical trials are recruiting patients to test the association of chemotherapy with valproate (link here). The EORTC study, however, was one of the first ever to report such an effect in brain tumor patients. The author of this blog has recently published a smaller retrospective study with pediatric patients with brain tumors treated with standard chemoradiotherapy associated with seizure prophylaxis with valproate. Our findings were similar to the EORTC study. Children with poor prognosis brain tumors had a much better survival when receiving concomitant valproate. Toxicity seemed not to be higher in our study. Again, this small study cannot prove that valproate had an antitumor effect, but does indicate that clinical trials must be planned and performed including this drug. 


Neurology publication: http://bit.ly/poxeSf

Our publication:  http://bit.ly/pgMe9p

What's new for 'cancer' in PubMed - pediatric oncology

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Sender's message:
Sent on Saturday, 2011 Oct 01
Search cancer
Limits:Randomized Controlled Trial, All Child: 0-18 years

PubMed Results

Escalating intravenous methotrexate improves event-free survival in children with standard-risk acute lymphoblastic leukemia: a report from the Children's Oncology Group.

Matloub Y, Bostrom BC, Hunger SP, Stork LC, Angiolillo A, Sather H, La M, Gastier-Foster JM, Heerema NA, Sailer S, Buckley PJ, Thomson B, Cole C, Nachman JB, Reaman G, Winick N, Carroll WL, Devidas M, Gaynon PS.
Division of Hematology-Oncology, Rainbow Babies & Children's Hospital, Case Western Reserve University, Cleveland, OH 44106, USA. yousif.matloub@uhhospitals.org

Blood. 2011 Jul 14;118(2):243-51. Epub 2011 May 11.

Abstract
Children's Cancer Group-1991 selected 2 components from the Children's Cancer Group studies shown to be effective in high-risk acute lymphoblastic leukemia and examined them in children with National Cancer Institute standard-risk acute B-precursor lymphoblastic leukemia. These were (1) vincristine and escalating IV methotrexate (MTX) without leucovorin rescue during the interim maintenance (IM) phases and (2) addition of a second delayed intensification (DI) phase. Eligible patients (n = 2078) were randomly assigned to regimens containing either oral (PO) MTX, PO mercaptopurine, dexamethasone, and vincristine or IV MTX during IM phases, and regimens with either single DI or double DI. Five-year event-free survival (EFS) and overall survival for patients on the PO MTX arms were 88.7% ± 1.4% and 96% ± 0.9% versus 92.6% ± 1.2% and 96.5% ± 0.8% for those on the IV MTX arms (P = .009, P = .66). Five-year EFS and overall survival for patients who received single DI were 90.9% ± 1.3% and 97.1% ± 0.8% versus 90.5% ± 1.3% and 95.4% ± 3.8% for those who received double DI (P = .71, P = .12). No advantage was found for a second DI; however, replacement of PO MTX, PO mercaptopurine, vincristine, and dexamethasone during IM with vincristine and escalating IV MTX improved EFS.
PMID: 21562038 [PubMed - indexed for MEDLINE]

Ful text: http://bit.ly/qeHiwx


A controvérsia dos prêmios internacionais em farmacologia - o passado do Brasil e a vez da China

Há muitos exemplos de prêmios internacionais na área de medicina, em especial na área de farmacologia, que geram controvérsia pela nominação de um ou poucos cientistas de um grande grupo que contribuiu para uma descoberta. Um comentário do famoso farmacologista Ervin Erdös em um artigo seu publicado em 2006 (recomendado a quem quiser saber mais sobre a descoberta da enzima conversora de angiotensinogênio - ECA - e os inibidores da ECA): "uma droga que vende bilhões de dólares tem muitos pais, enquanto outra, que não consegue ser comercializada após seu desenvolvimento, é uma órfã". Isto ilustra um dos principais motivadores da discussão ao redor da autoria da descoberta de drogas - o sucesso. Torna-se natural, então, que medicamentos associados com prêmios internacionais ( Lasker, Nobel, entre outros) sejam alvo de importantes controvérsias. O Brasil tem um exemplo importante num de seus maiores cientistas: Sérgio Henrique Ferreira, paulista que participou da descoberta do mecanismo de ação da aspirina via inibição de prostaglandinas (veja link para a publicação, que rendeu o Nobel de Medicina de 1982 para John R. Vane, chefe e orientador de Ferreira na época. Além desse seu mais conhecido trabalho, que representou o início da era dos antinflamatórios não esteroidais, um dos grupos de medicamentos mais vendidos da história, Sérgio Ferreira também participou de outras descobertas fundamentais da farmacologia. A revisão de Erdös e virtualmente todos os textos sobre o desenvolvimento dos inibidores de ECA relata a participação fundamental de Ferreira nas fases iniciais e durante o desenvolvimento do captopril. Ferreira demonstrou na década de 60, pela primeira vez, que um fator do veneno da jararaca (Bothrops jararaca) bloqueava a inativação da bradicinina, mediada pela ECA. Trabalhando no laboratório de John R. Vane, a partir do estudo deste efeito, ele isolou do veneno da Bothrops um pentapetídeo que constituiu o primeiro inibidor da ECA. Vane, que conhecia o papel importante da ECA na fisiologia humana, enviou o peptídeo de Ferreira para os Estados Unidos da América, convencendo seu amigo e antigo mentor, A.D. Welch, da Squibb, de seu potencial. A análise da estrutura do peptídeo e da ECA por vários cientistas da Squibb (que receberam o Lasker) culminaram no desenvolvimento do captopril, a primeira droga comercialmente disponível para inibir a ECA e até hoje um sucesso de mercado (e, mais importante, responsável por ter salvo  milhões de vidas no tratamento da hipertensão e insuficiência cardíaca). Ferreira recebeu, em 1983, o CIBA Award for Hypertension Research, juntamente com E. Ondetti e D. Cushman, da Squibb. A própria ECA teve seu papel na fisiologia esclarecido também com a ajuda de outro brasileiro, mentor de Ferreira, Maurício Rocha e Silva, fundamental na descoberta da bradicina e seu papel fisiológico. Fora dos círculos da farmacologia, Sérgio Ferreira é pouco conhecido. Isto ilustra, entre outras coisas, a polarização anglo-saxônica do mundo científico.

Agora, de acordo com um artigo no blog da Science Insider, o prêmio Lasker, considerado quase tão importante quanto o Nobel (muitos nobelistas ganharam antes o Lasker) gerou mais uma dessas controvérsias ao nominar a cientista chinesa Tu Youyou pela descoberta das artemisininas, drogas que tratam adequadamente casos de malária resistente a múltiplas drogas e que têm salvo  milhões de vidas em países em desenvolvimento, como o Brasil. Vários cientistas chineses proeminentes denunciaram a escolha exclusiva de Tu, indicando que outros cientistas da China também tiveram participação fundamental no desenvolvimento das artemisininas. Rao Yi, neurocientista da Universidade de Pequim, disse que, apesar de Tu não ter sido a única cientista proeminente no desenvolvimento destas drogas, ela pode ser vista como a cientista mais representativa neste desenvolvimento. Complicando a avaliação da controvérsia, vários cientistas baseiam suas alegações em documentos secretos do governo chinês, restritos ao público e à comunidade científica.
Nos anos 60, o governo revolucionário de Mao Tse-Tung ordenou um ambicioso projeto de pesquisa para descobrir novos tratamentos para a malária que dizimava soldados dos seus aliados vietnamitas. Uma das abordagens usadas foi a avaliação farmacológica de plantas usadas na medicina popular. Uma análise estatística de remédios tradicionais chineses indicou que aquele conhecido como qinghao era o mais usado. Yu Yagang, cientista do mesmo grupo, foi designado por Tu para testar um extrato bruto desta planta para tratar animais com malária, obtendo altos índices de cura. Como o processo de extração rendeu um composto impuro e com baixa concentração de princípio ativo, Wei Zhenxing  e outros desenvolveram paralelamente métodos para extrair artemisinina da planta Artemisia annua. Depois disso, pesquisadores em Xangai descobriram a estrutura e possível mecanismo de ação da artemisinina, totalmente novos, o que levou ao desenvolvimento posterior de derivados da artemisinina com melhor atividade antimalárica e utilidade clínica. São estes derivados que hoje são usados clinicamente em vários países. Apenas a partir de 1977 o governo chinês permitiu que os grupos científicos envolvidos começassem a divulgar seus trabalhos. Na cerimônia de entrega do prêmio Lasker, Tu declarou que o prêmio pertence a todos os cientistas chineses, e não somente a ela. Antecipa-se a possível indicação de Tu ao Nobel, pelo seu trabalho.

Leia o artigo da Science Insider: http://bit.ly/qunGXR

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