quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Serotonina envolvida na Síndrome de Morte Súbita Infantil


Em um artigo publicado no The Journal of American Medical Association, um novo vínculo entre a síndrome da morte súbita infantil (SMSI) e uma baixa produção de serotonina no tronco cerebral foi descrito.
O estudo é baseado em uma comparação de amostras do tronco cerebral de crianças que sofreram SMSI  com os de crianças que morreram de outras causas conhecidas. Foram medidos os níveis de serotonina e triptofano hidroxilase, a enzima que ajuda a produzir serotonina, em 35 crianças que morreram de SMSI e em dois grupos de controle (5 crianças que morreram de forma aguda de outras causas, e 5 crianças hospitalizadas com encefalopatia hipóxico-isquêmica).
Comparados com os controles, os níveis de serotonina no tronco encefálico baixo foram 26% menores em casos de SMSI, enquanto os níveis de triptofano hidroxilase foram 22% inferiores.
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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Trate as convulsões de seu pequeno paciente... mesmo que não as veja!!

O tratamento de convulsões subclínicas e clínicas em crianças com encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) pode reduzir o risco de lesão cerebral, segundo um estudo publicado na revista Pediatrics.
Em 138 recém-nascidos, os autores deste trabalho utilizou o eletroencefalograma de amplitude integrada (EEGa) para monitorar as convulsões. Crianças com crises clínicamente evidente foram tratadas com drogas antiepilépticas (DAEs). Quando uma criança tinha um ataque subclínico, era tratada para clínica de convulsões e eventos subclínicos (grupo A, n = 19) ou convulsões apenas (grupo B, n = 14). Houve uma tendência não significativa da duração média da crise no grupo A ser menor (196 contra 503 minutos).
Também foi realizada ressonância magnética (MRI) para pacientes do grupo A e do grupo B durante o período entre 4 e 10 dias de idade. Na análise, os autores encontraram uma relação significativa entre a duração dos padrões de crise e a ocorrência de lesões cerebrais verificadas na ressonância magnética no grupo B.
Artigo completo aqui.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Problemas infantis podem prever esquizofrenia

Os adultos que desenvolvem esquizofrenia apresentam um padrão de dificuldades cognitivas quando crianças, incluindo problemas de raciocínio verbal, memória, atenção e velocidade de processamento.
Baseado em um estudo de longo prazo de mais de 1.000 participantes nascidos entre 1972 e 1973, os autores do estudo encontraram um padrão de problemas durante o desenvolvimento, que apareceram pela primeira vez quando os indivíduos com esquizofrenia no estudo tinham em torno de sete anos. O artigo foi publicado no American Journal of Psychiatry.
As crianças que desenvolveram esquizofrenia quando adultas apresentaram déficit no início de aprendizagem verbal e visual, no raciocínio e conceituação que foi mantido durante o crescimento. Também mostraram um desenvolvimento mais lento em velocidade de processamento, atenção, problemas visuo-espaciais e de memória de trabalho.
Artigo completo aqui.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Esquadrão das Plaquetas Incendiárias

Plaquetas e artrite tradicionalmente não são relacionadas nos livros médicos e na literatura científica. Um artigo publicado na Science, porém, relata que micropartículas plaquetárias, vesículas liberadas por plaquetas ativadas, estão presentes em grande quantidade no líquido sinovial de articulações inflamadas e participam ativamente no desenvolvimento da artrite inflamatória. Usando modelos animais, os autores mostraram como as plaquetas são ativadas por colágeno (via glicoproteína VI, um receptor na superfície plaquetária) e por células sinoviais semelhantes a fibroblastos, deflagrando a liberação de micropartículas. Estas últimas vão induzir a liberação de vários mediadores inflamatórios, através da IL-1 presente nas micropartículas. Em seguida, células inflamatórias ativadas são atraídas pelos mediadores inflamatórios, iniciando o "fogo" da inflamação. Já se sabia que as plaquetas talvez tivessem algum papel na artrite: elas acumulam-se em articulações inflamadas e número elevado de plaquetas no líquido sinovial e de micropartículas na circulação já haviam sido observados em pacientes com artrite reumatóide, mas não se havia feito uma relação causal. A biologia plaquetária vem sendo revista ultimamente e, de passivas participantes em eventos vasculares elas estão passando a ativas personagens de fenômenos inflamatórios e eventos extravasculares. Um número cada vez maior de evidências apontam para o papel imunomodulatório das micropartículas plaquetárias. Sua relação próxima com células inflamatórias, como neutrófilos, faz com que estes possam "contrabandear" micropartículas aderidas em sua superfície para o interior das articulações, amplificando a resposta inflamatória que leva finalmente à artrite.

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